quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Olhando pra trás, olhando pra frente.

LINHA DE CHEGADA

Ao completar a jornada
tinha tanto pra ver
das dores do caminho
das pedras de tropeço
das placas que indicaram
meus acertos e meus erros.
E eu nem de longe acertei
na maioria das escolhas
das indicações que vi.
Segui alternando crenças
e fabricando motivos,
mais inventei que vivi.

Ao completar a jornada
custei a crer que o ainda
tinha se tornado afinal.
Incredulidade a parte,
foi desse jeito que foi
não foi de outro jeito que fim.
Amanhã um novo início
de dores e de alegrias,
as jornadas são assim.
Parto só porque preciso,
já não careço de crenças,
nem mesmo da crença em mim.



ANDAR COM FÉ

                        Gilberto Gil

Andá com fé eu vou
Que a fé não costuma faiá.

Que a fé tá na mulher
A fé tá na cobra coral
Oh! Oh!
Num pedaço de pão...

A fé tá na maré
Na lâmina de um punhal
Oh! Oh!
Na luz, na escuridão...
Andá com fé eu vou

Que a fé não costuma faiá
Olêlê!
Andá com fé eu vou
Que a fé não costuma faiá
Olálá!

Andá com fé eu vou
Que a fé não costuma faiá
Oh Minina!
Andá com fé eu vou
Que a fé não costuma faia.

A fé tá na manhã
A fé tá no anoitecer
Oh! Oh!
No calor do verão...

A fé tá viva e sã
A fé também tá prá morrer
Oh! Oh!
Triste na solidão...

Andá com fé eu vou
Que a fé não costuma faiá
Oh Minina!
Andá com fé eu vou
Que a fé não costuma faiá...

Certo ou errado até
A fé vai onde quer que eu vá
Oh! Oh!
A pé ou de avião...

Mesmo a quem não tem fé
A fé costuma acompanhar
Oh! Oh!
Pelo sim, pelo não...

Andá com fé eu vou
Que a fé não costuma faiá
Olêlê!
Andá com fé eu vou
Que a fé não costuma faiá
Olálá!...
Andá com fé eu vou
Que a fé não costuma faiá
Andá com fé eu vou
Que a fé não costuma faiá...
Olêlê, vamos lá!

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